domingo, 8 de maio de 2016

LOGÍSTICA REVERSA DE PRODUTOS ELETRÔNICOS

A quantidade de material eletrônico que vem sendo descartado anualmente mundo afora tem aumentado significativamente por ano, são descartadas centenas de toneladas de materiais como computadores, televisão, geladeiras, impressoras, celulares e similares, o que nos posiciona maior gerador de resíduos eletrônicos.
A logística reversa é um ramo da logística que tem o compromisso de retornar com o produto que foi utilizado e não tem mais vantagem de uso para o consumidor, uma vez que este não serve mais para atender aos objetivos para os quais foram criados, seja por quebra, gasto ou talvez por ter sido superado tecnologicamente. Leite (2009, p. 15) afirma que “atualmente, tornou-se impossível ignorar os reflexos que o retorno dessas quantidades crescentes de produtos pós-venda e de pós-consumo causa nas operações empresariais”.
A crescente preocupação com o aumento do lixo eletrônico no Brasil e no mundo tem desafiado a sociedade pelos impactos gerados, uma vez que o aumento do e-lixo (lixo eletrônico) está atrelado à evolução tecnológica e ao descarte de sucatas. Estes resíduos eletroeletrônicos têm uma composição diversificada e perigosa de substancias química, como os metais pesados que provoquem sérios problemas ao ambiente e afetam a sociedade como um todo.
Segundo Leite (2009, p. 130) a teoria do desenvolvimento sustentado prega a necessidade de encontrar maneiras de alcançar o desenvolvimento econômico preservando as condições ambientais adequadas às novas gerações.
As oportunidades da logística reversa frente à situação do lixo eletrônico no Brasil que passa a ser preocupante devido à destinação incorreta de sucatas no meio ambiente. Neste sentido, as manifestações da sociedade e de governos têm pressionado as empresas, através de Leis ou preferências comerciais, para que as mesmas deem uma destinação correta aos resíduos.
É possível verificar que a aplicação da logística reversa tem o objetivo de recuperar valor ou realizar uma destinação final e adequada aos produtos descartados, com isso oferece-se diversas vantagens à sociedade e a economia, principalmente aos trabalhadores informais como os catadores de lixo que contribuem na cadeia reversa.
O custo de implantação do processo de logística reversa nas empresas pode representar até 70% do valor de mercado para alguns produtos, transformando-se num obstáculo à obtenção de um retorno financeiro minimamente viável para o cenário atual. No entanto, as empresas que praticam a logística reversa, o fazem por considerar esta prática um diferencial competitivo de mercado, conceituando-a como uma empresa de práticas sustentáveis diante da sociedade, porém com retorno financeiro difícil de ser quantificado.
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/logistica-reversa-dos-produtos-eletronicos/75069/

LOGÍSTICA REVERSA

Dentre os vários conceitos introduzidos em nossa legislação ambiental pela Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS está a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a logística reversa e o acordo setorial.

A logística reversa é um "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada".

A Lei nº 12.305/2010 dedicou especial atenção à logística reversa e definiu três diferentes instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação: regulamento, acordo setorial e termo de compromisso.

O acordo setorial é um "ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos".

O Decreto Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, que regulamentou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, ratificou a relevância dada à logística reversa e criou o Comitê Orientador para a Implantação de Sistemas de Logística Reversa - COMITÊ ORIENTADOR. 

Por permitir grande participação social, o Acordo Setorial tem sido escolhido pelo Comitê Orientador, desde sua instalação em 17/02/2011, como o instrumento preferencial para a implantação da logística reversa.

O COMITÊ ORIENTADOR é presidido pelo Ministério do Meio Ambiente - MMA que desempenha, também, as funções de Secretaria Executiva.  É composto por mais outros quatro ministérios: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA; Ministério da Fazenda - MF; e Ministério da Saúde - MS. Representam esses ministérios junto ao Comitê seus respectivos ministros de Estado e, em caso de impedimento, seus representantes legais.

A estrutura do COMITÊ ORIENTADOR inclui o Grupo Técnico de Assessoramento – GTA  instituído pelo Decreto Nº 7.404/2010  e formado por técnicos dos mesmos cinco ministérios que compõem o COMITÊ ORIENTADOR.  Sua coordenação, bem como a função de Secretaria Executiva, é exercida pelo MMA.

O COMITÊ ORIENTADOR e o GTA possuem a incumbência de conduzir as ações de governo para a implantação de sistemas de logística reversa, e têm centrado esforços na elaboração de acordos setoriais visando implementar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. 
Para estudar e buscar soluções de modelagem e governança para cada uma das cadeias de produtos escolhidas como prioritárias pelo COMITÊ ORIENTADOR foi criado cinco Grupos de Trabalho Temáticos – GTTs: 

embalagens plásticas de óleos lubrificantes; 
lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; 
produtos eletroeletrônicos e seus componentes; 
embalagens em geral; e
resíduos de medicamentos e suas embalagens.

Os objetivos principais desses grupos são a elaboração de uma minuta de edital de chamamento para a realização de acordos setoriais bem como a coleta de subsídios para a realização de estudos de viabilidade técnica e econômica para implantação de sistemas de logística reversa – EVTE.
Após a aprovação da viabilidade técnica e econômica para implantação de sistema de logística reversa de uma determinada cadeia pelo COMITÊ ORIENTADOR, o edital de chamamento das propostas para acordo setorial é o ato público necessário para dar início aos trabalhos de elaboração destes acordos.

Situação dos Grupos Técnicos Temáticos e das negociações
Todos os grupos já concluíram seus trabalhos. A situação da implantação da logística reversa dessas cadeias, está mostrada a seguir:
SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA EM IMPLANTAÇÃO
Cadeias
Status atual
Embalagens Plásticas de Óleos Lubrificantes.
Acordo setorial assinado em 19/12/2012 e publicado em 07/02/2013.

• Clique aqui para mais informações
Lâmpadas Fluorescentes de Vapor de Sódio e
Mercúrio e de Luz Mista.
Acordo setorial assinado em 27/11/2014. Publicado em 12/03/2015.
Embalagens em Geral.
Acordo setorial assinado em 25/11/2015. Publicado em 27/11/2015.
Produtos Eletroeletrônicos e seus Componentes.
Dez propostas de acordo setorial recebidas até junho de 2013, sendo 4 consideradas válidas para negociação. Proposta unificada recebida em janeiro de 2014. Em negociação.
Próxima etapa - Consulta Pública.
Descarte de Medicamentos.
Três propostas de acordo setorial recebidas até abril de 2014. Em negociação.
Próxima etapa – Consulta Pública.

Outras iniciativas anteriores à PNRS para a devolução de resíduos
Existem cadeias que já possuem sistemas de logística reversa implantados, anteriormente à Lei nº 12.305/2010, por meio de outras tratativas legais nas quais citamos:


Fonte: http://sinir.gov.br/web/guest/logistica-reversa

JUST IN TIME

Imagem do google

Em seu conceito mais simplista, just-in-time significa produzir, com qualidade, bens e serviços, exatamente no momento em que são necessários, não gerando estoques causados pela produção antes do momento certo e nem atrasos, para não comprometer os prazos de entrega e a imagem da empresa. “O JIT visa atender à demanda instantaneamente, com qualidade perfeita e sem desperdícios”.

Outros vários termos são empregados para descrever o JIT: manufatura enxuta, manufatura de fluxo contínuo, produção sem estoques etc. O fato é que a implantação do JIT nas empresas não se limita só à área da produção. Ele altera os padrões tradicionais da produção, necessitando do envolvimento de todos os agentes e departamentos da empresa.
No modelo tradicional de produção, cada estágio do processo produtivo envia os componentes que produz para um estoque, o que isola esse estágio do seguinte. Normalmente, isso ocorre porque os ritmos de produção de cada estágio não são exatamente os mesmos, fazendo com que o processo todo não tenha um único ciclo.
Não é incomum que alguns setores da produção trabalhem dois turnos para alimentar outro setor que trabalha em turno único. Isso, logicamente, implica estoques diários e constantes. Abaixo seguem dois esquemas que apresentam as diferenças entre a abordagem JIT e a tradicional.
A principal diferença entre esses dois processos é que, no modelo tradicional, um problema que interrompe a produção no estágio A tem seu efeito amortecido pelo estoque a sua frente. Na abordagem JIT, um problema no estágio A, que cause a parada da produção, será sentido, de imediato, no estágio B e muito rapidamente no estágio C. Dessa forma, as linhas de produção têm que passar por manutenções preventivas constantemente. (Ver adendo sobre manutenção no final desta aula.).
A abordagem JIT requer alto desempenho de todos os elementos e componentes da produção e da empresa.
- A qualidade deve ser alta. Problemas na produção causados por erros reduzem o fluxo de materiais e a confiabilidade interna, além de gerar estoques, caso esses erros reduzam a produtividade ou o ritmo dos trabalhos.
- A velocidade do fluxo de material deve ser alta, pois os lead times (período de tempo desde o pedido do cliente até a data da entrega do produto) são curtos devido à eliminação dos estoques.A confiabilidade é pré-requisito para um fluxo rápido. Se os equipamentos e pessoas não forem confiáveis não se consegue um fluxo rápido.
- A flexibilidade é muito importante para que se consiga produzir em pequenos lotes, com fluxos rápidos e lead times curtos.
O JIT existe: com uma filosofia de produção, como um conjunto de técnicas para gestão da produção.
Uma filosofia de produção:
O JIT é uma expressão ocidental para uma série de técnicas desenvolvidas pelos japoneses com o intuito de fazer bem as tarefas, fazer cada vez melhor e eliminar todos os desperdícios em cada passo do processo. Surgiu no Japão, na Toyota Motor Company, durante a crise do petróleo, no início dos anos 70, quando a filosofia era “dê importância a cada grão de arroz”, criada em um país super povoado e com escassez de recursos.
Eliminação de desperdícios:
Desperdício pode ser qualquer atividade que não agrega valor na produção. Na Toyota, foram observados sete tipos de desperdícios:
1. Superprodução. Não produzir além do necessário, isto é, produzir somente no momento certo.
2. Tempo de espera. A diminuição desses tempos reduz estoques e manuseios que representam custos significativos.
3. Transporte. Os transportes representam, também, manuseio e estoque em trânsito, duas formas de custo que não agregam valor.
4. Processo Projetos imperfeitos podem gerar operações desnecessárias.
5. Estoques. Representam altos custos e somente são eliminados se detectadas suas causas.
6. Movimentação. Assim como os transportes, pode gerar manuseio e estoque em trânsito.
7. Produtos defeituosos. Refugos, sucatas e re-trabalhos são falhas na qualidade simplesmente inaceitáveis no JIT.
Envolvimento de todos:
Visto como um “sistema total”, a filosofia JIT define diretrizes que envolvem todos os funcionários e processos na organização. Passa a ser uma cultura organizacional voltada para a “Qualidade Total”.
Aprimoramento contínuo:
A palavra japonesa para aprimoramento contínuo é kaizen. As empresas estabelecem metas cada vez mais ambiciosas no que diz respeito a resultados qualitativos, impedindo a acomodação dos funcionários na busca dos objetivos ideais da organização.
TÉCNICAS JIT:
A força motriz do JIT é seu conjunto de técnicas que representam os meios para evitar desperdícios. Resumidamente, são elas:
Práticas básicas de trabalho:
Preparação básica para a organização e seus funcionários, conforme esquema a seguir.
Projeto para manufatura:
O aprimoramento dos projetos pode reduzir, drasticamente, os custos de produção, isto é, os projetos devem considerar não só o produto, mas o processo de fabricação.
Foco na operação:
A simplicidade, a repetição e a experiência trazem a competência.
Máquinas simples e pequenas:
Várias máquinas pequenas no lugar de uma única grande. Isso gera também flexibilidade e tira a dependência total da máquina grande.
Arranjo físico e fluxos:
 Já vimos na aula número 5. Posicionar os postos de trabalho próximos uns aos outros e na sequência das operações. Racionalidade das operações de movimentação e bom senso.
Manutenção produtiva total (TPM):
 Eliminação da variabilidade em processos, causadas por falhas ou quebras. Envolvimento de todos os funcionários no zelo e manutenção dos equipamentos, máquinas e ferramentas utilizadas no processo de produção. (Ver adendo sobre manutenção no final dessa aula.)
Redução dos tempos:
 A troca dos itens a serem fabricados deve ser a mais barata possível, em relação a tempo e alterações nos equipamentos envolvidos. Compare o tempo que levamos para trocar um pneu de carro com o tempo que leva uma equipe Fórmula 1. O projeto dos dispositivos envolvidos na troca na Fórmula 1 foi desenvolvido com o foco na operação.
Envolvimento total das pessoas:
Os funcionários devem ser treinados, capacitados e motivados a assumirem total responsabilidade sob todos os aspectos de seu trabalho. Eles poderão se envolver na seleção de novos funcionários, na negociação com os fornecedores e clientes, na avaliação do desempenho das equipes e melhorias, no planejamento e revisão dos trabalhos e na elaboração do orçamento das melhorias.
Visibilidade:
Os funcionários devem ser informados, explicitamente, dos projetos de melhoria da qualidade, novos processos, produtos, operações etc. As medidas de visibilidade poderão envolver:
• Painéis, exibindo as melhorias de desempenho nos locais de trabalho.
• Sinais luminosos e sonoros de alerta.
• Gráficos de desempenho.
• Locais onde são expostos produtos dos concorrentes e produtos próprios com seus defeitos, quando existirem.
Fornecimento JIT:
 Os fornecedores (terceirizados) serão partes integrantes do JIT. Deverão disponibilizar seus produtos no exato momento em que forem necessários, no exato significado da parceria.
O Planejamento e controle JIT envolve uma técnica conhecida como kanban. Essa palavra japonesa significa cartão ou sinal. É um método que controla a transferência de materiais de um estágio para outro na produção. Em uma forma simples e voltando ao exemplo dos nossos estágios do início da aula, quando o estágio B (cliente do estágio A) precisa de materiais para processar, ele sinaliza com cartões. Diferentes cores podem representar diferentes níveis de urgência ou produtos.
Ele é subdividido em:
• Kanban de transporte – avisa o estágio anterior que os materiais já podem ser retirados.
• Kanban de produção – sinaliza que um item pode começar a ser produzido para estoque ou para ser enviado aos estágios seguintes.
• Kanban de fornecedor – sinaliza um fornecedor que é necessário enviar material ou componente para um estágio na produção.
O principal objetivo da produção JIT é atender a demanda instantaneamente, com qualidade e sem desperdícios, e sua justificativa central é que os baixos níveis de estoque por ele gerados economizam investimentos e geram um impacto significativo na habilidade da produção em aprimorar sua própria eficiência. O sistema JIT trabalha, também, em perfeita sintonia como MRP I e II.
Existem três tipos de manutenção:
1. Manutenção corretiva, Como o próprio nome diz, esse tipo de manutenção ocorre no momento de uma quebra ou de uma falha. Na nossa casa, acontece quando o televisor apresenta um defeito e nós chamamos um técnico. Nos automóveis, só trocamos as lâmpadas dos faróis quando elas se queimam.
2. Manutenção preventiva, É feita antes de o equipamento apresentar defeito.
Visa eliminar ou reduzir a probabilidade de paradas nos equipamentos. É o que se faz nos aviões, ou o que fazemos quando trocamos o óleo do automóvel.
3. Manutenção preditiva, É feita antes da parada do equipamento, quando este sinaliza um possível problema. Quando começa a aparecer uma vibração anormal no equipamento é sinal de que algum problema poderá aparecer. Quando o pneu do automóvel faz o volante vibrar, percebemos que algo não está normal.
Autor: Francimar Germano

Postergação de Produção:

Meta: Manter os produtos em um estado neutro ou descompromissado durante o maior tempo possível.
Aplicação ideal: Fabricar um produto básico ou padrão em quantidades suficientes para realizar economias de escala e adiar o acabamento de aspectos específicos, até o recebimento dos pedidos dos clientes.
Vantagens
- Espera maior capacidade de resposta sem sacrificar a eficiência;
- Flexibilidade para atender o cliente;
- Atender somente após o compromisso de compra;
- Uso da tecnologia para ficar livre da dependência das previsões de venda
- Diminuir o número de produtos personalizados acabados;
- Instalações logísticas (acabamento de produto);
Desvantagens
- Perda da economia de escala. Seria uma vantagem se a diferença entre a perda dela e o ganho com a racionalização de despesas fosse pequena;
- Tecnologia inadequada pode gerar problemas com o produto final na fabricação ou entrega na data.
Postergação de Logística:
Meta: Manter um estoque antecipado da linha completa em apenas um ou alguns locais estratégicos.
O destino final do estoque é postergado até o recebimento dos pedidos dos clientes uma vez iniciado o processo logístico, todos os esforços são feitos para mover produtos diretamente para os clientes o mais rapidamente possível.
Vantagens
- Melhor desempenho logístico reduz dependência de estoque de segurança;
- Valor do tempo / encurtar o processo acelera a rotação do estoque;
- Melhores previsões devido à redução de incertezas;
- Desconto e ganho com aplicação de recurso / estoque grátis;
- Desempenho em “tempo hábil” e “redução de custos”: postergação e consolidação;
Desvantagens
- Necessidade de alta tecnologia.



terça-feira, 19 de abril de 2016

GESTÃO DE MATERIAIS

A Finalidade dos Estoques
INTRODUÇÃO
   A proposta deste artigo é a necessidade de uma abordagem ampliada e atualizada da moderna Gestão de Materiais, que integre as crescentes exigências e os novos desafios do mercado com as questões práticas levantadas por profissionais praticantes da logística, consolidando-as com as alternativas e ferramentas oferecidas pelas modernas tecnologias da informação. A partir destas necessidades identificadas, aliadas ao conhecimento adquirido no desenvolvimento de soluções logísticas (cases) em conjunto com diversos de nossos parceiros, clientes da divisão de consultoria, pretendemos articular os conceitos e respostas efetivas que possam ser implementados em uma grande abrangência de empresas, após naturalmente  os devidos ajustes aos seus contextos específicos.
DESENVOLVIMENTO
2.1.  Definições
 Como primeiro passo dessa empreitada, julgamos fundamental iniciar pelo esclarecimento daquilo que entendemos por Logística, haja em vista a grande popularização do tema sem uma definição mais elaborada e especializada. Logística é o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e armazenagem, eficaz e eficiente em termos de custos, de matérias-primas, materiais em elaboração e produtos acabados, bem como as Informações correlatas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. Simplificando isso tudo, logística significa abastecer os clientes, sejam aqueles externos, sejam aqueles internos à nossa organização.

2.2 Finalidade dos estoques na cadeia de abastecimento
 Em síntese, a finalidade dos estoques é amortecer as consequências das incertezas. E, de fato, existem muitas incertezas na logística. Os profissionais de logística são unânimes em se queixar frequentemente destas incertezas e dos impactos que elas ocasionam no atendimento aos seus clientes. No entanto, como seria aborrecida a vida sem os riscos, não é mesmo? Alias, são as incertezas que asseguram a necessidade desses mesmos profissionais, pois nenhum sistema automatizado, por mais elaborado que seja, é ou será capaz de substituir o talento, a criatividade e o raciocínio humanos. Portanto, sempre foram e sempre serão requeridos profissionais de logística. Neste caso, a postura mais apropriada que nos cabe é reconhecermos que as incertezas são intrínsecas à logística (indissociáveis), buscando entender e aprender como administrá-las. Como veremos adiante, nessa série, a resposta reside na quantificação das incertezas e no desenvolvimento de uma resposta adequada (dimensionamento dos estoques).

2.3 Cadeia de abastecimento
 Para intervir e melhorar a Logística das empresas, primeiro é preciso descrever e compreendê-la. Fazemos isso, frequentemente, com o apoio de um esquema da malha logística, que consiste em um desenho que representa o fluxo e a armazenagem dos materiais e informações. Nesse esquema usualmente procuramos incluir todas as informações relevantes (origens, “leadtimes”, coberturas, “checkpoints”, etc…), valendo-se de uma simbologia universal (figura 1.1), que será utilizada na sequência dessa série de artigos.


 Julgamos que o maior benefício da malha logística é a visibilidade das informações, base para análises, debates e modelagem de uma ou mais soluções. Se houverem várias soluções, denominamos cada configuração como um cenário alternativo.


Na Gestão de Materiais, a malha logística contribui na identificação das origens e destinos de cada item que está sendo administrado, de forma que podemos avaliar as posições estratégicas dos estoques, estabelecendo políticas de cobertura e minimizando redundâncias, enquanto agilizamos o abastecimento e a distribuição. Podemos, inclusive, realizar um “zoom” focalizando um depósito qualquer dentro da cadeia de abastecimento.

  Visualizando o conjunto da figura 1.3 como um sistema, observamos que todo e qualquer item armazenado em um depósito apresenta transações de entrada, transações de saída e saldos resultantes dessas movimentações. Naturalmente, a denominação genérica “entrada” depende do contexto, isto é, quando nos referimos a uma matéria-prima, as entradas são as documentadas por notas fiscais – por exemplo - enquanto para um produto acabado o registro é realizado com uma folha de produção ou documento equivalente. Os softwares de gestão de estoques mantém obrigatoriamente os registros de todas as movimentações através de apontamentos nos coletores de dados, confirmações e/ou digitações, servindo como base de dados para os levantamentos, análises e parametrizações que estaremos propondo nos próximos artigos.

3-CONCLUSÃO
  Uma gestão de materiais de sucesso consegue balancear com sabedoria esses dois indicadores respondendo ao dilema (“trade-off”) entre reduzir custos e melhorar o atendimento aos clientes. Nos artigos seguintes veremos como fazer para equilibrar essas necessidades com objetividade e metodologia. Então, até o nosso próximo encontro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAMEL, G,; PRAHALAD, C. K.. Competindo pelo Futuro. Ed. Campus, RJ, 1995
HAMPTON, D. R. Administração: processos administrativos. Makron Books, SP, 1990 (ou edição mais recente)
MORGAM, G. Imagens da Organização. Atlas, SP, 1996
SENGE, M. P. A Quinta disciplina. Ed. Best Seler, SP., 1990 (ou edição mais recente)
CHIAVENATTO, I. Introdução 'a reoria geral da administração. 3ª Ed. McGraw -Hill, São Paulo, 1983 (ou edição
mais recente)
CHIAVENATO, I. Teoria geral da Administração; Abordagens e explicativas. McGraw -Hill, vol 1 e 2, São Paulo,
1987 (ou edição mais recente)
HAMPTON, D. R. Administração: Comportamento organizacional. McGraw -Hill, São Paulo, 1990 (ou edição
mais recente)
JUCIUS, M.J. et alli. Introdução à administração. Atlas, São Paulo, 1984 (ou edição mais recente).

Fonte:file:///C:/Users/CPS/Downloads/Logistica+Empresarial+-+Unisa++-+7+Semestre+-+Parte+I.pdf





LOGÍSTICA REVERSA



Conceito: De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (estabelecida pela lei 12.305 de 2/08/2010), a logística reversa pode ser definida como “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.

Vantagens da logística reversa:
- Possibilita o retorno de resíduos sólidos para as empresas de origem, evitando que eles possam poluir ou contaminar o meio ambiente (solo, rios, mares, florestas, etc.);
 - Permite economia nos processos produtivos das empresas, uma vez que estes resíduos entram novamente na cadeia produtiva, diminuindo o consumo de matérias-primas;
 - Cria um sistema de responsabilidade compartilhada para o destino dos resíduos sólidos. Governos, empresas e consumidores passam a ser responsáveis pela coleta seletiva, separação, descarte e destino dos resíduos sólidos (principalmente recicláveis);
 - As indústrias passarão a usar tecnologias mais limpas e, para facilitar a reutilização, criarão embalagens e produtos que sejam mais facilmente reciclados.

Como funcionará na prática: exemplo de logística reversa

Uma empresa fabricante de pneus deverá receber de volta seus produtos já usados. O consumidor, após usar os pneus, deverá encaminhá-los a postos de coleta específicos (que podem estar instalados no comércio onde ele adquiriu), onde serão retirados pelo fabricante. O fabricante reutilizará estes pneus usados, após passar por determinados procedimentos, na linha de produção de pneus novos ou outros produtos.

Desta forma, a logística reversa impedirá que estes pneus sejam descartados em rios ou terrenos, poluindo o meio ambiente.

Principais produtos que farão parte do sistema de logística reversa:

- Pneus
- Pilhas e baterias
- Embalagens e resíduos de agrotóxicos
- Lâmpadas fluorescentes, de mercúrio e vapor de sódio
- Óleos lubrificantes automotivos
- Peças e equipamentos eletrônicos e de informática

- Eletrodomésticos (geladeiras, fogões, micro-ondas, freezers, etc.)
Fonte: http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/logistica_reversa.htm

INFOGRÁFICO – FRETE GRÁTIS NO E-COMMERCE BRASILEIRO

Mesmo com a forte recessão da economia brasileira, o e-commerce ainda consegue se destacar. O varejo eletrônico cresce em média 22% desde 2011 e cresceu 15% em 2015,ano em que a crise se aprofundou para o varejo tradicional.
Os grandes grupos de e-commerce que operam no Brasil, como B2W (Submarino, Americanas e Shoptime) e Cnova (Casas Bahia, Extra e Ponto Frio) tem registrado prejuízos mesmo com alta na receita. A B2W domina 26% do mercado, mas não registra lucro desde 2010.
Um dos maiores desafios do e-commerce atualmente é demonstrar o frete como serviço complexo e valioso para o consumidor. Assim, empresas do e-commerce estão buscando inovações para conseguir transformar as modalidades de entrega de um custo logístico pesado necessário (para serem competitivos) em um novo produto lucrativo.
O principal exemplo é a Amazon, que criou assinaturas como o Prime, que por meio de um valor anual oferece frete “grátis” em até dois dias para seus clientes.

Essas iniciativas mostram como o e-commerce brasileiro deve se portar no futuro. Arcar com todos os custos de frete não é uma solução sustentável. E mesmo que esses gastos sejam repassado aos consumidores, novas soluções, mais confortáveis e eficientes, podem aparecer no mercado.

Confira mais no nosso infográfico!

 Fonte: http://www.bloglogistica.com.br/mercado/infografico-frete-gratis-no-e-commerce-brasileiro/

Classe Descentralizada de Jaguariúna - 2º Módulo de Logística

A classe descentralizada de Jaguariúna está localizada na escola Coronel Amâncio Bueno e pertence a ETEC João Belarmino da cidade de Amparo/SP. Onde são oferecidos dois cursos o de Logística e o de Segurança do Trabalho, ambos com a duração de 1 ano e meio. O TÉCNICO EM LOGÍSTICA é o profissional que executa e colabora na gestão dos processos de planejamento, operação e controle de programação da produção de bens e serviços, programação de manutenção de máquinas e de equipamentos, de compras, de recebimento, de armazenamento, de estoques, de movimentação, de expedição, transporte e distribuição de materiais e produtos, utilizando tecnologia de informação. Presta atendimento aos clientes. Implementa os procedimentos de controle de custos, qualidade, segurança e higiene do trabalho no sistema logístico.