terça-feira, 19 de abril de 2016

GESTÃO DE MATERIAIS

A Finalidade dos Estoques
INTRODUÇÃO
   A proposta deste artigo é a necessidade de uma abordagem ampliada e atualizada da moderna Gestão de Materiais, que integre as crescentes exigências e os novos desafios do mercado com as questões práticas levantadas por profissionais praticantes da logística, consolidando-as com as alternativas e ferramentas oferecidas pelas modernas tecnologias da informação. A partir destas necessidades identificadas, aliadas ao conhecimento adquirido no desenvolvimento de soluções logísticas (cases) em conjunto com diversos de nossos parceiros, clientes da divisão de consultoria, pretendemos articular os conceitos e respostas efetivas que possam ser implementados em uma grande abrangência de empresas, após naturalmente  os devidos ajustes aos seus contextos específicos.
DESENVOLVIMENTO
2.1.  Definições
 Como primeiro passo dessa empreitada, julgamos fundamental iniciar pelo esclarecimento daquilo que entendemos por Logística, haja em vista a grande popularização do tema sem uma definição mais elaborada e especializada. Logística é o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e armazenagem, eficaz e eficiente em termos de custos, de matérias-primas, materiais em elaboração e produtos acabados, bem como as Informações correlatas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. Simplificando isso tudo, logística significa abastecer os clientes, sejam aqueles externos, sejam aqueles internos à nossa organização.

2.2 Finalidade dos estoques na cadeia de abastecimento
 Em síntese, a finalidade dos estoques é amortecer as consequências das incertezas. E, de fato, existem muitas incertezas na logística. Os profissionais de logística são unânimes em se queixar frequentemente destas incertezas e dos impactos que elas ocasionam no atendimento aos seus clientes. No entanto, como seria aborrecida a vida sem os riscos, não é mesmo? Alias, são as incertezas que asseguram a necessidade desses mesmos profissionais, pois nenhum sistema automatizado, por mais elaborado que seja, é ou será capaz de substituir o talento, a criatividade e o raciocínio humanos. Portanto, sempre foram e sempre serão requeridos profissionais de logística. Neste caso, a postura mais apropriada que nos cabe é reconhecermos que as incertezas são intrínsecas à logística (indissociáveis), buscando entender e aprender como administrá-las. Como veremos adiante, nessa série, a resposta reside na quantificação das incertezas e no desenvolvimento de uma resposta adequada (dimensionamento dos estoques).

2.3 Cadeia de abastecimento
 Para intervir e melhorar a Logística das empresas, primeiro é preciso descrever e compreendê-la. Fazemos isso, frequentemente, com o apoio de um esquema da malha logística, que consiste em um desenho que representa o fluxo e a armazenagem dos materiais e informações. Nesse esquema usualmente procuramos incluir todas as informações relevantes (origens, “leadtimes”, coberturas, “checkpoints”, etc…), valendo-se de uma simbologia universal (figura 1.1), que será utilizada na sequência dessa série de artigos.


 Julgamos que o maior benefício da malha logística é a visibilidade das informações, base para análises, debates e modelagem de uma ou mais soluções. Se houverem várias soluções, denominamos cada configuração como um cenário alternativo.


Na Gestão de Materiais, a malha logística contribui na identificação das origens e destinos de cada item que está sendo administrado, de forma que podemos avaliar as posições estratégicas dos estoques, estabelecendo políticas de cobertura e minimizando redundâncias, enquanto agilizamos o abastecimento e a distribuição. Podemos, inclusive, realizar um “zoom” focalizando um depósito qualquer dentro da cadeia de abastecimento.

  Visualizando o conjunto da figura 1.3 como um sistema, observamos que todo e qualquer item armazenado em um depósito apresenta transações de entrada, transações de saída e saldos resultantes dessas movimentações. Naturalmente, a denominação genérica “entrada” depende do contexto, isto é, quando nos referimos a uma matéria-prima, as entradas são as documentadas por notas fiscais – por exemplo - enquanto para um produto acabado o registro é realizado com uma folha de produção ou documento equivalente. Os softwares de gestão de estoques mantém obrigatoriamente os registros de todas as movimentações através de apontamentos nos coletores de dados, confirmações e/ou digitações, servindo como base de dados para os levantamentos, análises e parametrizações que estaremos propondo nos próximos artigos.

3-CONCLUSÃO
  Uma gestão de materiais de sucesso consegue balancear com sabedoria esses dois indicadores respondendo ao dilema (“trade-off”) entre reduzir custos e melhorar o atendimento aos clientes. Nos artigos seguintes veremos como fazer para equilibrar essas necessidades com objetividade e metodologia. Então, até o nosso próximo encontro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HAMPTON, D. R. Administração: processos administrativos. Makron Books, SP, 1990 (ou edição mais recente)
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HAMPTON, D. R. Administração: Comportamento organizacional. McGraw -Hill, São Paulo, 1990 (ou edição
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JUCIUS, M.J. et alli. Introdução à administração. Atlas, São Paulo, 1984 (ou edição mais recente).

Fonte:file:///C:/Users/CPS/Downloads/Logistica+Empresarial+-+Unisa++-+7+Semestre+-+Parte+I.pdf





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